Entre os dias 17 e 21 de setembro, o Festival de Cinema da Amazônia – Olhar do Norte chega à sua sétima edição ocupando o Teatro Amazonas e outros espaços do centro histórico de Manaus com uma programação totalmente gratuita.
Referência no Norte do país, o evento é realizado pela Artrupe Produções, em parceria com o Cine Set e a Itaú Cultural Play, e conta com apoio da Atelo, Amazonas Shopping e do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.
O festival reúne três mostras competitivas — Amazônia, Outros Nortes e Olhar Panorâmico — além da mostra não-competitiva Olhinho, voltada ao público infantojuvenil.
Serão exibidos curtas e longas-metragens que concorrem a prêmios em diversas categorias, como Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Atuação, Melhor Roteiro, Melhor Direção de Fotografia e também pelo voto do público. Confira os filmes selecionados.
Abertura com filmes amazonenses

A abertura acontece no dia 17 de setembro, às 20h, no Teatro Amazonas. A primeira exibição será do curta convidado “Dia dos Pais”, do diretor amazonense Bernardo Ale Abinader, que traz no elenco Adanilo, Denis Lopes e Isabela Catão. Ambientado em uma Manaus coberta pelas queimadas, o filme discute as masculinidades e a relação entre pai e filho.
Na sequência, o público poderá assistir ao longa “Enquanto o Céu Não Me Espera”, da cineasta amazonense Christiane Garcia, estrelado por Irandhir Santos. A obra acompanha a luta de Vicente, agricultor que resiste às cheias amazônicas para permanecer em sua terra. O filme já foi exibido em festivais de Brasília, Havana e Itália, recebendo elogios da crítica e do público.
Longas convidados e encerramento
A programação do Olhar do Norte também reserva espaço para longas convidados que ampliam a diversidade da mostra. Entre os destaques estão “Morte e Vida Madalena”, de Guto Parente, exibido no dia 18; “Um Olhar Inquieto: O Cinema de Jorge Bodanzky”, de Liliane Maia e Jorge Bodanzky, no domingo, 21 de setembro; e “Os Avós”, de Ana Lígia Pimentel, que encerra o festival no mesmo dia, às 18h, antes da cerimônia de premiação marcada para as 20h30.
“Os Avós” percorre áreas ribeirinhas e urbanas do Amazonas ao narrar a vida de homens e mulheres que, ainda jovens, já assumem o papel de avós. A produção reflete sobre desigualdades históricas e culturais, destacando o impacto social desse ciclo familiar precoce.
Curtas-metragens e experimentações
A programação também inclui uma seleção de curtas-metragens que exploram diferentes linguagens e temáticas.
Entre eles, “Reagente”, de Bruno Bini, aborda os dilemas de profissionais de saúde e um traficante durante a pandemia.
“O Brincante de Boi”, de Victor Kaleb e Fabiano Baraúna, mergulha na paixão de torcedores pelos bois Caprichoso e Garantido.
Já “Mata-Gato”, de André Cunha, constrói uma narrativa sombria inspirada em clássicos da literatura de horror, enquanto o curta experimental “arroto”, de Juraci Júnior, propõe uma reflexão sobre masculinidade e natureza em conflito.
Além das exibições, o Olhar do Norte mantém projetos paralelos que estimulam a formação de novos realizadores, como o Olhar do Norte Lab, voltado à capacitação de projetos audiovisuais, e o Cineclube Olhar do Norte, que busca aproximar o público do cinema independente.

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